terça-feira, 30 de junho de 2015



Despertando.

Um dos maiores erros que tenho cometido em minha vida é em relação ao tempo. Não o tempo do relógio, pois este não “existe”, mas do tempo que absorve nossa alma e nosso espírito. 

Pense bem e verá que tudo não passa de mera percepção do tempo. Para as pessoas que estão felizes, o tempo passa rápido demais. Já para quem está infeliz e insatisfeito, o relógio parece não “andar”.

Estou num processo de introspecção. De olhar para minha vida e ver que meu dia parece ter mais do que 24 horas. Isso reflete meu estado de espírito. Cada segundo que passa, cada minuto, hora, está literalmente encurtando meu tempo de vida aqui na terra. E não adianta mais eu usar as mesmas desculpas de sempre, alegando que preciso ganhar dinheiro para ter mais tempo amanhã. A verdade é que o tempo que eu gostaria de ter está se esvaindo pelas minhas mãos. Tenho perdido momentos precisos de minha vida, escondido atrás de uma mesa e dos meus pensamentos.

Disso, concluo que sou medíocre. Que estou aceitando fazer menos do que sou capaz. Eu não posso ficar achando que trabalho muito. Na verdade eu trabalho mal. O correto seria que eu fizesse tudo o que preciso, dentro das horas normais de trabalho. Esconder-me por 12, 14 horas seguidas, reflete apenas a minha covardia de encarar a vida de frente.

Preciso querer mais vida de mim mesmo. Ser capaz de administrar mais coisas, além do meu próprio umbigo. Quero acreditar, com fé e coragem, que essas situações limites que tenho me deparado com elas, são oportunidades que Deus está me dando. Não uma oportunidade de me fazer de vítima, mas de realizar algo diferente e transformar definitivamente minha vida.

Estou aprendendo que obedecer parcialmente é desobedecer no todo. Administrar meus medos e parar de mentir pra mim mesmo e para as pessoas que estão ao meu redor são coisas necessárias para que eu volte a caminhar na direção correta. 

Um passo de cada vez, mas na direção correta. No sentido estrito da coragem de ser capaz de fazer o que os outros não esperam que eu faça.

Kant, filósofo de renome escreveu:
“No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode pôr-se no lugar dela, qualquer outra equivalente; mas quando ela está acima de qualquer preço, não tendo assim equivalente, então ela tem dignidade”.

Hora de ter dignidade. Aprendendo que certas coisas na vida, não tem preço.  

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O que importa?

Acho que a vida é um caminhar à procura de inspiração e sabedoria. Estamos sempre aprendendo. E aqui está algo realmente importante e que vou tentar viver pelo restante dos meus dias...

Pra cada um de nós, independente de estarmos preparados ou não, algum dia a vida vai acabar. Não haverá mais por do sol, nem tampouco dias a mais. Todas as coisas que adquirimos, juntamos e trouxemos conosco, desde aquelas que apreciamos ou não, irão passar para outra pessoa. Nossa riqueza, fama e poder vão se tornar irrelevantes. Não importa o que conseguimos ou o tamanho de nossas dívidas. Nossos ressentimentos, frustrações e ciúmes finalmente vão desaparecer. Assim também a nossa espera, ambições, planos e listas do que fazer, vão expirar. As vitórias e perdas que outrora pareciam tão importantes também vão desaparecer. E não importa de onde viemos. Nesse momento da vida, ela não vai se importar se estamos bonitos e brilhantes. Até o sexo ou cor de pele vai ser irrelevante. Então o que importa? Como serão medidos os nossos valores? O que importa não é o que compramos, mas o que construímos. Não o que temos, mas o que fizemos. O que importa não é o sucesso, mas o seu significado. Não é o que aprendemos, mas o que fizemos com o que aprendemos. Importante é nossa integridade, compaixão, coragem ou sacrifício que, enriquecido, servirá de encorajamento para outros seguirem em frente. Mais do que nossa competência, é o nosso caráter. Não vai fazer diferença o quanto sabíamos mais do que as outras pessoas, mas o quanto elas irão sentir a perda quando a gente se for. Nossa memória de nada valerá, mas sim as lembranças que viverão com quem te amava. Por fim, devemos refletir sobre a relevância que tivemos, ou melhor, por quanto tempo seremos lembrados, por quem, e por quê.

Não devemos viver por circunstâncias, mas sim por escolha.

“Amor é a arte do diálogo, da transparência e da liberdade mútua”.